Presidente da Câmara Municipal, Francisco Araújo, enalteceu mudanças e feitos conseguidos através da implantação da República no País.
Nos dias 4 e 5 de Outubro, Arcos de Valdevez comemorou o Centenário da Implantação da República através de várias iniciativas que homenagearam em particular 5 ilustres republicanos arcuenses, nomeadamente, José Cândido Gomes, Teixeira de Queiroz, Germano Amorim, Sousa Guimarães e Tomaz Norton de Mattos Prego.
No dia 4 foi inaugurada, na Casa das Artes concelhia, a exposição "Arcos de Valdevez e a República" - Uma mostra que, de acordo com Nuno Soares, director da Casa das Artes, “pretende reflectir de uma forma rápida aquilo que se passou há 100 anos atrás e como Arcos de Valdevez contribuiu de forma activa na implantação da República, e, vai ficar aberta ao público em geral e às Escolas de maneira a que todos possam contactar com esta realidade” – e exibido o documentário "Republicanos Arcoenses", da autoria de dois jovens arcuenses, Rui Amorim e Ricardo Caldas, em colaboração com o Porto Canal, que contou com a participação do presidente da Câmara Municipal, Francisco Araújo e dos familiares dos 5 homenageados, antecedido de alocução de Isabel Cluny (CHC/Universidade Nova de Lisboa), que fez uma contextualização das várias investidas dos republicanos arcuenses na luta pela implantação da República, e de uma breve declaração de João Gameiro e Rui Amorim.
Já no dia 5, decorreram logo pela manhã, na Praça Municipal, as Cerimónias Protocolares de Comemoração do Centenário da República, com o hastear das Bandeiras e a participação dos Bombeiros Voluntários, Corpo Nacional de Escutas de Arcos de Valdevez, bem como da Banda da Sociedade Musical Arcuense.
De seguida, foi feita a Romagem ao Cemitério Municipal e a deposição de coroa de flores, em homenagem aos republicanos arcuenses.
Aqui, Francisco Araújo destacou a importância da homenagem realizada a todos os republicanos arcuenses e da celebração da República em Portugal, referindo que, “Hoje, neste local, prestamos a nossa homenagem a todos aqueles que acreditaram na mudança. Acreditaram no sonho de concretização de uma obra infinda e sempre em construção. Comemorar a República, comemorar esta efeméride, abrirá a porta a um espaço de reflexão de um determinado período histórico que ocupa um século de existência da nossa Pátria, assente numa indagação objectiva, racional e científica dos factos”.
De igual forma alertou que “O republicanismo assenta nas ideias de liberdade, igualdade e fraternidade. De solidariedade social para quem mais necessita. De tolerância face à diferença. (…)”, e, que por isso, não nos podemos esquecer que “A República foi feita por homens e mulheres que acreditaram que a face da sua Pátria poderia ser outra” e que devemos “lutar para que não se façam cair no esquecimento os valores republicanos e consequentemente lutar por uma sociedade mais justa, menos desigualitária, mais livre e fraterna.”
Após este momento, toda a comitiva se dirigiu até à EN 202/Rotunda de Guilhadeses, para proceder à sua inauguração e consequente nomeação de Avenida 5 de Outubro e Rotunda da República, a qual tem a particularidade de estar adornada com uma representação escultórica de Amália Rodrigues, da autoria do artista arcuense António Aguiar e de Jorge Coelho. Uma escolha que segundo Francisco Araújo não poderia ter sido melhor, pois ao “homenagear hoje a Amália Rodrigues, a Voz da Nação e a diva do Fado português estamos a repescar a saudade dos valores republicanos que hoje queremos voltar a viver”, disse.
Por último ficou a mensagem de que “nós devemos empenhar-nos para nos mantermos como uma Nação que tem História, e que apesar de ser um pequeno rectângulo da Europa, tem a sua língua falada em todos os cantos do mundo”.
Fonte: Gabinete de Comunicação
Município de Arcos de Valdevez
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Judite Fernandes
Correspondente da Radio Arcoense em Portugal
Correspondente da Radio Arcoense em Portugal
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