Uma gala com 12 fadistas radicadas em várias cidades da Venezuela homenageou, na noite de quinta-feira, as luso-venezuelanas por ocasião da celebração do Dia Internacional da Mulher.
Fonte da organização explicou à Agência Lusa que a iniciativa, que a gala foi organizada pelo programa radiofónico Rádio Arcoense, contou com o apoio do movimento associativo feminino português na Venezuela e decorreu no Centro Português de Caracas.
Reuniu mulheres fadistas de várias idades, de várias cidades e surgiu para celebrar também o reconhecimento pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) do fado como património imaterial da humanidade.
“As mulheres, tanto as portuguesas como as luso-descendentes têm-se destacado (na Venezuela) pelo grande trabalho como líderes de associações que ajudam muitas pessoas”, disse Luisana Andrade, venezuelana com pais portugueses e uma das cantoras que participou na gala.
“Há gente que pensa que para cantar fado só é preciso voz. É muito importante, mas nem tudo tem que ver com a voz, é preciso sentir o que se canta, a letra, porque o fado é algo nostálgico, são histórias e vivências do povo português. O sentimento é primordial para interpretar este género musical”, frisou.
Durante a gala, a que assistiram quase 250 pessoas, na sua maioria mulheres, foi entregue uma rosa de cristal a mulheres representantes de várias associações luso-venezuelanas e às fadistas participantes. A fadista Gina Faria foi distinguida com o prémio Rosa Branca 2012, coroando assim toda sua carreira na Venezuela.
Radio Arcoense com Lusa
Caracas, Venezuela, 08/03/2012
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