Lisboa, 30 Jul (Lusa) - O PS escolheu para seu mandatário do programa eleitoral para as comunidades o secretário de Estado das Comunidades, António Braga, que apresentou hoje um programa que classificou como "ambicioso" sob o lema "Avançar Portugal pelas Comunidades".
"A elaboração deste programa eleitoral é a consequência da realização do programa do Governo ao longo da legislatura, um investimento de qualificação no que diz respeito à relação com as comunidades portuguesas no estrangeiro que agora se traduzirá também na vertente das propostas que aqui agora são assumidas", anunciou o mandatário do programa eleitoral para as comunidades, actual secretário de Estado das Comunidades.
De acordo com António Braga, as propostas do PS vão no sentido de uma "reorganização interna" que concentre instrumentos "para melhor responder às novas necessidades no seio das comunidades portuguesas".
"Falo de questões associadas à cultura, à língua, mas falo também sobretudo da necessidade de encontrarmos plataformas para potenciar a sinergia entre a economia nacional e, nomeadamente, as diferentes formas de realizar com sucesso empresas ou outras actividades relacionadas com as comunidades portuguesas", sublinhou.
Apontou que este "é um programa ambicioso", sobretudo "na ligação constante entre as ambições dos portugueses que vivem fora de Portugal e aqueles que vivem relacionados com a vida em Portugal".
Cabeça-de-lista pelo círculo fora da Europa, Renato Leal diz estar a encarar um desafio diferente de todos os outros que assumiu até aqui.
"Em 22 círculos eleitorais, o único círculo eleitoral onde o PS, na legislatura actual, não tem ninguém eleito, é no círculo eleitoral fora da Europa, por isso o meu desafio é um desafio diferente dos outros e é um desafio que se encaixa nos desafios que eu tenho aceite", apontou o ex-presidente da Câmara do Faial.
Por seu lado, o cabeça-de-lista pelo círculo da Europa aproveitou para sublinhar como o PS "se tem distinguido por ser um partido bastante reformador".
"Desta vez, havendo alguma continuidade nas politicas que têm vindo a ser desenvolvidas até aqui pelo Governo, o programa eleitoral com que nos apresentamos é precisamente o reflexo desse programa renovador", defendeu Paulo Pisco.
Confrontado com as críticas do Partido Comunista à reestruturação da rede consular, que o PCP apontou como "fortes ataques" aos interesses dos emigrantes, o mandatário do programa eleitoral para as comunidades refutou que a rede "cresceu e qualificou-se", dando como exemplo o consulado de Paris.
"O tempo de espera que os nossos concidadãos tinham antes da reforma em Paris na melhor das hipóteses era de seis semanas para serem atendidos, o tempo de espera de hoje é de sete minutos, no próprio dia", apontou António Braga.
Sobre a livre circulação de cidadãos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) no espaço lusófono, que o ministro dos Negócios Estrangeiros já disse que "vai demorar muito tempo", António Braga defendeu que a criação de um cartão de cidadão da CPLP vai favorecer a ligação dentro da comunidade, mas lembrou que o processo ainda está "no lançamento de propostas".
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